Novo estudo divulgado pela Universidade inglesa de Southampton revela os principais perigos de se conduzir cansado, recorrendo a um simulador de condução de última geração.
Quando conduzimos sem termos descansado o suficiente, seja por fadiga ou privação de sono, a capacidade de antecipar potenciais perigos, analisar a envolvente e processar a informação, o controlo da velocidade e a perceção de outros utentes da estrada são severamente afetados.
Durante o estudo, dois condutores tiveram a sua condução analisada e os resultados comparados: um condutor que tinha repousado e um outro que ficou sem dormir durante mais de 24 horas antes do teste.
Para os investigadores, o mais surpreendente do estudo foi o facto de o condutor cansado ter circulado a uma velocidade média 63% superior à do condutor mais alerta, para além de ter excedido os limites legais de velocidade em diversas situações.
Numa situação em que foi confrontado com um sinal de limite de velocidade em unidade métrica (diferente do sistema imperial usado no Reino Unido), o primeiro confundiu milhas com quilómetros, o que originou que conduzisse a 144 km/h numa zona cujo limite era de 90 km/h.
Conclusão: condutores fatigados conduzem mais depressa.
Não só o excesso de velocidade ficou patente no comportamento destes condutores, os testes em simulador também mostraram que um condutor cansado recorre mais vezes ao travão à medida que a sua capacidade de antecipar os perigos diminui.
Os condutores fatigados em vez de anteciparem e planearem manobras com antecedência, reagiam de forma súbita ao que iam encontrando na estrada.
De salientar ainda outra conclusão a que a investigação chegou, a perceção deturpada do condutor cansado relativamente à sua condução. Este sentiu que estava a conduzir em segurança, reagindo a tempo de evitar todos os potenciais acidentes criados pelo simulador, mas a verdade é que os dados obtidos revelam que a sua condução, para além de demasiado veloz, foi muito menos suave do que a do condutor menos fatigado.
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